Eu admito que às vezes a insegurança toma conta de mim. Mas acho que é humano voltar atrás ou permanecer imóvel - sem ir pra frente. Às vezes, você tem a chave e a fechadura, a faca e o queijo - como queira -, mas, ainda sim, duvida se o encaixe daquela chave será perfeito ou se a faca está realmente amolada. E por falar em amolar, como chateia essa situação. Dá aquela sensação de impotência e você revê todos os seus passos, repensa seu trajeto, seus princípios e ações. O negócio é que ninguém é perfeito e, sim, vai haver vários tropeços. A gente espera da vida uma oportunidade de sermos felizes. A gente espera que nossos projetos se realizem, que o dinheiro entre; e sem abrir mão de uma vida saudável. Tudo bem, é verdade! Nem sempre fazemos por merecer o que tanto almejamos. Mas o que realmente precisamos fazer? Às vezes não bate essa dúvida? Por que alguns caminhos são bem mais árduos que outros. Por que a linha de chegada de uns é tão menos distante que a de outros? Estão aí: perguntas que acredito não ser possível terem resposta verídica. E até quando se pode dizer que algo é verdade? São aquelas eternas discussões: “minha verdade pode ser diferente da sua”; “não existe verdade absoluta”. Mas, uma coisa, atrevo-me a dizer que é sim absoluta: quem se acha o dono da verdade, mais cedo ou mais tarde, acaba descobrindo não passar de um simples e frágil ser que mal conhece sobre si mesmo. Será que você realmente sabe quem é? E eu o digo por que, amanhã, você pode acordar, olhar-se no espelho e descobrir que já é o que não era, ou que não era o que é. E por mais que seja tudo uma viagem, somos nós seus passageiros e o jeito é embarcar de cabeça e esperar pelo destino desconhecido.
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